O Governo do Ceará apresentou, nessa terça-feira (25), junto à Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), um mapeamento de oportunidades para o Ceará quanto à implantação de empreendimentos de produção de hidrogênio verde (H2V) no mercado cearense. A expectativa é que, até 2030, os investimentos em H2V alcancem US$ 17,9 bilhões de dólares. A produção estimada de H2V no polo do Pecém é de 1 milhão de toneladas em 2030 com 6 GW de eletrólise.
O mapeamento ainda aponta investimento, nos próximos seis anos, de até US$ 12 bilhões em construção e construção pesada, de até US$ 6 bilhões no setor metalmecânico, e toda uma cadeia de crescimento e serviços ligados indiretamente – como serviços comunitários, sociais, de saúde, alimentação, hotelaria, comercial e outras.
O governador Elmano de Freitas participou do evento acompanhado pelo presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante; o secretário do Desenvolvimento Econômico, Salmito Filho e outras autoridades.
“Com o Porto do Pecém, com os investimentos que estamos fazendo, deixamos o Ceará como o estado mais preparado para atrair investimentos e ser o maior produtor de hidrogênio verde em grande escala no País, e provavelmente nas Américas. Nós queremos transformar o Ceará no Hub de Hidrogênio Verde do Brasil, da América Latina”, disse Elmano.
“Esse trabalho de mapeamento veio para nos ajudar a compreender o tamanho do desafio que iremos enfrentar. Iremos ter uma demanda de mão de obra espetacular, de alto salários. Então teremos jovens para qualificar e isso terá que ser de mãos dadas – governo, indústria e academia”, afirmou Ricardo Cavalcante.
O estudo foi conduzido pela consultoria norte-americana IXL Center e contou com uma metodologia de construção coletiva, incluindo a participação de especialistas da Universidade de Harvard e do Instituto Massachusetts de Tecnologia (MIT), além de pesquisadores de mais de 15 nacionalidades diferentes, uma equipe de consultores sêniores especializados em inovação e representantes de diversas organizações públicas e privadas locais.
Realizado por meio de uma parceria entre Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) e Fiec, o trabalho contou com aporte total de R$ 6 milhões, sendo R$ 5 milhões financiados pela Adece e R$ 1 milhão pela Fiec.