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Ambientalismo

Theatro José de Alencar lança diagnóstico inédito dos Jardins de Burle Marx

Estudo sobre histórico jardim localizado no equipamento da Secult Ceará resulta de trabalho desenvolvido pelo projeto “Portas Abertas – Experiências e Aprendizagem Cultural”.

Trabalho de avaliação do oitizeiro (Moquilea tomentosa) que integra o jardim.

Espaço singular na cultura do País, o Theatro José de Alencar (TJA) também reserva a experiência do convívio com a natureza. Localizado no lado leste do equipamento, o histórico conjunto de jardins do TJA reflete a importância da preservação do patrimônio verde nos espaços públicos.

Projetado por Burle Marx (1909-1994), considerado o mais importante paisagista brasileiro, o jardim completa 50 anos de inauguração em 2015. Sua presença é vital ao cotidiano do centenário teatro da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult Ceará), gerido em parceria com o Instituto Dragão do Mar (IDM).

A partir do trabalho desenvolvido pelo projeto “Portas Abertas – Experiências e Aprendizagem Cultural”, o TJA lança o inédito estudo “Diagnóstico dos jardins de Burle Marx no Theatro José de Alencar”. Com 111 páginas, o documento identifica e apresenta a atual condição das espécies vegetais que compõem o jardim. O estudo pode ser acessado aqui.

O levantamento também ajuda a estabelecer diretrizes para manutenção, conservação e preservação do espaço, que conta com palco e uma grande área livre para realização de diversos eventos. Disponível ao público, “trata-se de um oásis, um refúgio no caos urbano, povoado de verde, de sombra segura e espaços para descanso, além de proporcionar uma ampliação dos espaços cênicos e das mais variadas atividades do TJA”, explica a arquiteta e urbanista Fernanda Rocha.

Preservação em cena

Em abril de 2022, a direção do TJA solicitou avaliação acerca das condições do oitizeiro (Moquilea tomentosa) que integra o jardim. Ao longo de meses de observação organizada por peritos e órgãos competentes, verificou-se a necessidade de um completo diagnóstico do local e ações de manutenção preventiva.

Dentre as espécies nativas do Ceará que atualmente compõem os jardins do Theatro José de Alencar estão o Cajueiro (Anacardium occidentale), Jucá (Libidibia férrea var. ferrea), Oitizeiro (Moquilea tomentosa), Pacavira (Heliconia psittacorum), Wedélia (Sphagneticola trilobata) e Chanana (Turnera subulata). De outras regiões do País, o conjunto conta com Pau-Ferro (Libidibia ferrea var. leiostachya), Pau-Brasil (Paubrasilia echinata) e Clusia (Clusia fluminensis).

O tombamento desses jardins, como instrumento legal de reconhecimento e proteção deste importante patrimônio cultural do nosso Estado, visa protegê-lo e possibilita a promoção de garantias para sua integridade e segurança, sendo mais um diferencial para este importante monumento da cultura do Ceará, além de facilitar ações para captação de recursos para sua manutenção e conservação adequadas”, conclui Fernanda Rocha.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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