Compromisso inclui união de esforços com a Finep, BNDES, CNI, CGEE e ABDE para elaboração de proposta de política pública, com vistas ao apoio às missões da Nova Indústria Brasil (NIB)
O Sebrae assinou um protocolo de intenções para colaborar na criação de uma política pública nacional destinada a apoiar as deep techs, startups de base científica e tecnológica com alto potencial inovador. A iniciativa busca fortalecer as missões da Nova Indústria Brasil (NIB) e foi oficializada no último dia 12 de novembro, durante o Deep Tech Summit, em São Paulo.
Além do Sebrae, o compromisso envolve a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e a Associação Brasileira de Instituições Financeiras e Desenvolvimento (ABDE).
As deep techs são startups originadas de pesquisas científicas com grande capacidade de gerar inovações disruptivas, capazes de oferecer soluções transformadoras para desafios locais e globais. Os negócios emergem em um momento de profunda transformação tecnológica em várias cadeias de valor e requerem apoio específico para alavancar seu impacto no sistema produtivo do país.
Aceleração de startups
O Sebrae já vinha desenvolvendo ações voltadas a negócios inovadores. Exemplo é o programa Catalisa ICT, desenvolvido desde 2020 com a finalidade de acelerar negócios inovadores de base tecnológica, além de promover a aproximação de instituições acadêmicas e o mercado. Além de bolsas de fomento, os pesquisadores recebem capacitação em gestão, mentorias e acesso a serviços tecnológicos.
“O Catalisa ICT é a prova de que o Sebrae acredita que é possível unir o conhecimento científico ao empreendedorismo. Somos instrumentos de política pública para que o país tenha um salto de desenvolvimento socioeconômico, a partir do fomento de pequenos negócios inovadores com soluções de alto valor agregado”, afirma Bruno Quick, diretor técnico do Sebrae.
O protocolo de intenções reconhece que as startups deep techs no Brasil demandam apoio estratégico em áreas como financiamento, regulação, compras públicas e qualificação de recursos humanos. Também reforça a necessidade de integrar esforços entre governo e sociedade civil para incorporar essas startups ao ecossistema produtivo do País.
O próximo passo será a criação de um grupo de trabalho com representantes das instituições envolvidas, que irão desenvolver uma proposta de política pública para incentivar o desenvolvimento e a consolidação das deep techs. A Finep será responsável por publicar o protocolo no Diário Oficial da União nos próximos dias.