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Serviço

Governo retoma obras do Anel Viário, previsto para ser entregue no 2º semestre de 2025

O governador Elmano de Freitas participou de solenidade na manhã desta sexta-feira (23), quando anunciou a retomada e o novo prazo; as obras do Anel Viário tiveram início ainda em 2010, mas imbróglios envolvendo empresas, Governos Federal e Estadual e consórcio atrasaram os serviços.

O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), assinou na manhã desta sexta-feira (23) a ordem de serviço para a retomada e conclusão das obras do Anel Viário. Conforme a parceria entre o Governo Federal e o Governo do Ceará por meio de um convênio entre Ministério dos Transportes e Superintendência de Obras Públicas (SOP), as obras vão demandar um investimento de R$ 97 milhões, sendo R$ 80,5 milhões de recursos federais, e R$ 16,5 milhões de contrapartida estadual. O prazo de execução contratual é entre 12 e 15 meses, ou seja, no segundo semestre de 2025.

Conforme o chefe do Executivo, o objetivo é proporcionar uma conexão mais eficiente com vias federais, como a BR-116, a BR-020 e a BR-222 para os motoristas e passageiros que passam pelo corredor viário, e também facilitar o transporte de mercadorias entre os portos do Pecém e do Mucuripe. “[No Anel Viário] passa grande parte de mercadorias que circulam entrando ou saindo na Região Metropolitana de Fortaleza [RMF], mas também é importante para o cidadão que sai, muitas vezes, para trabalhar, outras vezes, para turismo”, disse.

“É uma obra muito importante para a circulação, garantindo o direito de ir e vir das pessoas. Isso vai dar comodidade e segurança aos cearenses”, acrescentou.

Para isso, os serviços compreendem a recuperação de pistas e execução de uma série de estruturas como alças, retornos, acessos e ciclovia, em um trecho de 32,30 km de extensão. Há ainda a previsão de que quase 300 empregos diretos sejam gerados.

Confira os serviços que vão ser realizados:

  • Conclusão de 6,2 km de restauração das pistas principais da CE-010;
  • Pavimentação de 21,2 km de acostamento;
  • Pavimentação de 6,1 km de faixa de segurança;
  • Pavimentação de 28,7 km de ciclovias;
  • Execução das alças nas interseções com a CE-060 (próximo à Central de Abastecimento do Ceará – Ceasa) e CE-065;
  • Execução dos acessos ao Conjunto Nova Metrópole;
  • Implantação de nove retornos ao longo de todo o trecho, assim como a execução dos seus respectivos sistemas de drenagem e sinalização.

Além de Elmano, estiveram no evento o superintendente de Obras Públicas do Ceará, Valdeci Rebouças; o assessor especial do Ministério dos Transportes, Eduardo Praça; o superintendente Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura no Estado do Ceará (Dnit-CE), Will Almeida; dentre outras autoridades.

IMBRÓGLIO ENVOLVENDO A OBRA

A assinatura do contrato para o início das obras ocorreu ainda em 2010, durante o primeiro mandato do governador do hoje senador Cid Gomes (PSB). À época, a previsão de término era 2012, em uma duração de apenas dois anos. Atualmente, 14 anos depois, o local continua necessitando de melhorias estruturais.

Desde que foi iniciado, o processo já passou por desistência das empresas que iriam, inicialmente, concluir o projeto, por paralisação das obras e pelo Governo do Estado assumindo os trabalhos. Pelo menos três novos prazos já foram estabelecidos (2013, 2016 e 2021), nenhum cumprido. No final de 2023, no primeiro ano após o presidente Lula (PT) assumir o Palácio do Planalto para o seu terceiro mandato, foi quando foi assinado o convênio entre o Governo Estadual com o Governo Federal.

Segundo Elmano, na solenidade desta sexta, o impasse que resultou no atraso da conclusão entre os anos de 2016 a 2022 ocorreu, pois o Governo Federal anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), teria se negado a passar recursos, já que a estrada é estadual. Conforme Elmano, entretanto, quando as obras recomeçaram, em 2016, o Governo Federal estava encarregado de realizá-la.

“Só com a volta do presidente Lula, com a colaboração dos ministros Renan Filho [Transportes] e Jader Filho [Cidades], que fizeram as tratativas jurídicas e orçamentárias, para então celebrarmos o convênio”, detalhou.

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