O deputado Felipe Mota (União) sugeriu reflexão sobre o atual cenário político no Brasil, durante pronunciamento no primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), nesta terça-feira (19/11).
O parlamentar comentou as prisões ocorridas nesta manhã de quatro militares do Exército e um agente da Polícia Federal (PF), autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, por suspeitas de planejar o assassinato do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva; do vice, Geraldo Alckmin, e de Alexandre de Morais, que, naquele ano, presidia o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
“Olha só o que está acontecendo no Brasil: nós fomos ensinados nos bancos dos colégios sobre extremismo, nós aprendemos que não podemos levar as discussões ideológicas para o lado pessoal, mas, a cada instante, o Brasil vive um pandemônio social e de existência”, analisou.
Felipe Mota destacou que o poder é temporário. “É preciso entender que os políticos não ficam no poder eternamente, os laços mudam, as ideias mudam, e o nosso País passa por uma autocrítica que inclusive nós políticos precisamos rever”, salientou.
O parlamentar criticou ainda a demora da apresentação das medidas econômicas do Governo Lula sobre o corte de gastos. “O mercado está esperando para saber os cortes que vão acontecer no orçamento da União para que nós, políticos, possamos saber, para avaliar como vamos ajudar os municípios e os estados”, acentuou.
Felipe Mota desaprovou a postura do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O parlamentar cobrou a necessidade de apresentação das medidas econômicas do Governo Federal. “Ele parece que está com medo, daí, enquanto o ministro não informar os rumos da economia, nenhum governador, prefeito, Legislativo e Judiciário vão organizar os seus rumos, esse problema é político”, analisou.
Já o deputado Fernando Hugo (PSD) frisou que a vida pública brasileira está “deteriorada” e que a sequência de fatos executados no poder público “é nojenta”. “À época de revolução, os grupos etiquetados como comunistas faziam guerrilha urbana nos tempos de rua, e hoje se flagra uma guerrilha urbana no século XXI prendendo-se general. Aonde vamos chegar?”, indagou.