O deputado Acrísio Sena (PT) se posicionou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) desta terça-feira (04/11), sobre os projetos de ampliação do Aeroporto Internacional de Fortaleza – Pinto Martins, desenvolvidos pela empresa Fraport Brasil, concessionária do equipamento.
Segundo o parlamentar, que se considerou um defensor do aeroporto, avaliando-o como um polo de desenvolvimento econômico para o Estado, as justificativas apresentadas pela empresa que administra o Pinto Martins para a sua ampliação não levam em consideração a sustentabilidade ambiental.
“Não há uma linha de argumentação da Fraport Brasil que defenda a sustentabilidade ambiental de Fortaleza no contexto da realização dessas obras de ampliação. O objetivo parece apenas ampliar o equipamento em prol dos interesses econômicos da empresa”, ressaltou Acrísio Sena.
Ainda de acordo com o deputado, o Aeroporto de Fortaleza está localizado em uma região que contempla cerca de sete bairros, fazendo com que as intervenções no equipamento impactem a população que reside nas proximidades.
Acrísio Sena analisou artigos publicados recentemente pelo arquiteto Fausto Nilo, criticando a localização atual do Aeroporto Pinto Martins, alertando para os impactos negativos em bairros ao redor e defendendo que o equipamento fosse transferido para o município de Caucaia.
“Acredito que a fala do Fausto Nilo tenha algum peso nessa cidade. E ele defende que o aeroporto seja deslocado dessa região central de Fortaleza para Caucaia, criando algo estratégico, ao promover uma melhor conectividade com o Complexo Industrial e Portuário do Pecém, criando um hub aeroportuário”, assinalou o parlamentar.
Acrísio Sena complementou que a ideia do arquiteto é que os bairros próximos ao atual Aeroporto de Fortaleza fossem integrados em uma extensa área verde, chamada por Fausto Nilo de “Aerolândia Verde”, trazendo benefícios ambientais e sociais para a região. “A realidade é que a proposta de requalificação do Pinto Martins feita pela Fraport compromete a sustentabilidade ambiental e a mobilidade urbana, afetando a saúde da vizinhança e trazendo prejuízos para a própria cidade”, pontuou.
