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AGRO

Exportações do agronegócio cearense crescem pelo segundo ano seguido

As exportações do agronegócio do Ceará somaram US$ 411,55 milhões em 2024, alta de 0,80% em comparação ao ano anterior. Os dados são da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Ceará (SDE). Trata-se do segundo ano consecutivo que o setor apresentou crescimento. No comparativo 2023/2022, o estado registrou elevação de 8,88%, totalizando US$ 408,28 milhões. Os números foram obtidos com exclusividade pelo O Otimista.

Entre os produtos que mais cresceram em 2024, destacam-se os pescados, totalizando US$ 112,97 milhões (11,03 milhões de kg), com um crescimento de 27,38% em relação ao ano anterior, e a cera de carnaúba, com US$ 76,92 milhões em exportações e um aumento de 35,48%. Outro destaque foi o crescimento nas exportações de sucos de frutas, que registraram um aumento de 73,87%, somando US$ 11,85 milhões. O mel de abelha também apresentou bom desempenho, com um crescimento de 31,91%, totalizando US$ 7,56 milhões.

Por outro lado, alguns produtos enfrentaram uma redução nas suas exportações. A castanha de caju, por exemplo, registrou uma queda acentuada de 36,40%, com US$ 39,46 milhões em vendas externas. A água de coco também sofreu uma diminuição de 25,34%, totalizando US$ 33,53 milhões, enquanto as exportações de couros e peles diminuíram 13,96%, somando US$ 38,64 milhões.

De acordo com Silvio Carlos, secretário-executivo do Agronegócio da SDE, o estado vem se preparando para melhorar sua performance nas exportações do setor agropecuário, pois possui regiões com grande potencial hídrico, ainda inexploradas, o que tem atraído novos investimentos na produção de produtos de maior valor agregado, como frutas, hortaliças, flores e grãos especiais.

“O estado pretende investir fortemente na melhoria da produtividade e eficiência no uso da água, com projetos em andamento que incorporam novas tecnologias, inclusive em cultivos protegidos. É fundamental incentivar a expansão de áreas irrigadas, melhorar a eficiência da irrigação e focar na produção de culturas de alto valor agregado”, explica.

Resultados

O mês de dezembro do ano passado se destacou como o melhor para as exportações cearenses do agronegócio, com um total de US$ 48 milhões em vendas internacionais. “Em relação às exportações do agro em 2024, comparando com 2023, observamos um crescimento de 0,8% no total do setor. Os aumentos substanciais ocorreram em pescados, cera de carnaúba, mel, sucos de frutas e produtos hortícolas. Já a castanha de caju e a água de coco sofreram quedas significativas, em parte devido ao atraso na safra, especialmente da castanha de caju, manga e coco. Parte da produção da safra de 2024 está sendo colhida agora”, pontua Silvio Carlos.

Em se tratando das exportações globais do estado, os municípios que mais contribuíram foram São Gonçalo do Amarante, responsável por 40,86% do total, seguido por Fortaleza, com 12,15%, e Sobral, com 7,6%.

Em termos gerais, os municípios do Ceará registraram US$ 1,47 bilhão em 2024, uma queda de 27,79% em relação ao ano anterior, quando o estado havia exportado US$ 2,3 bilhões. Apesar dessa redução no valor total das exportações, o agronegócio continuou a ser um dos principais pilares da economia cearense. No que diz respeito aos destinos internacionais, os EUA foram o principal parceiro comercial do Ceará, com 44,86% das exportações direcionadas para o país. Os Países Baixos também se destacaram, com 4,43%, seguidos pelo México, com 4,01%.

Segundo Silvio Carlos, haverá investimentos em promoção. “Um trabalho forte de promoção do agro cearense está sendo previsto para 2025, principalmente em feiras internacionais de frutas, como a Fruit Logistica em Berlim e a Fruit Attraction em Madrid, que são as principais do setor no mundo. Precisamos promover o nosso agro e atrair cada vez mais investidores e compradores”, afirma o secretário-executivo da SDE.

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