Empresa iguatuense tem contrato com a Transnordestina Logística para o transporte de 20 mil toneladas/mês, na fase de teste da ferrovia, e de 50 mil na operação definitiva
Os trens da Ferrovia Transnordestina já chegaram a Iguatu, cujo terminal logístico está em obras aceleradas e perto da conclusão
Atenção! Com o propósito de conectar produtores e empresas industrias e agroindustriais a um novo patamar para a economia cearense, o Terminal Logístico de Iguatu segue com obras em ritmo de frevo e deve tornar-se um dos principais polos de escoamento de cargas do Interior do Ceará.
Quem transmite esta informação à coluna são Eugério Queiroz e Renato Maia, sócios e diretores do empreendimento, que acrescentam mais duas importantes notícias: 1) a empresa celebrou contrato com a Transnordestina Logística para a operação inicial de transporte de grãos e farelos; 2) a inauguração do terminal está prevista para abril do próximo ano de 2026.
Queiroz e Maia adiantam que 60% da obra já foram executados. O primeiro dos três silos do terminal está sendo instalado, enquanto os outros dois devem ser concluídos até meados do próximo mês de fevereiro
Neste momento, seguem em construção os galpões destinados ao armazenamento de farelo e à de expedição e moega, que ocuparão uma área de 5 mil metros quadrados. Por sua vez, o centro administrativo, as portarias e os espaços de descanso para motoristas já se encontram em fase de acabamento.
Há, hoje, mais de 100 pessoas trabalhando na implantação do Terminal Logístico de Iguatu, cuja sede municipal localiza-se 365 km ao Sul de Fortaleza, na região Centro-Sul do Ceará.
O trecho da Ferrovia Transnordestina entre as cidades de Simplício Mendes, no Piauí, e Iguatu, no Ceará, encontra-se totalmente concluído e pronto para o tráfego dos seus trens, aguardando, apenas, a licença ambiental a ser emitida pelo Ibama, que está demorando demais para tomar essa providência.
O contrato celebrado pelo Terminal Logístico de Iguatu com a Transnordestina prevê inicialmente o transporte mensal e 10 mil toneladas de mercadorias.
“Isto gerará significativa redução no custo do frete para produtores e empresas da região do Matopiba (Mato Grosso, Tocantins, Piauí e Bahia) — uma das novas fronteiras agrícolas do país. É importante destacar que cada vagão ferroviário tem capacidade de transportar cerca de 100 toneladas, reduzindo, sobremaneira, o fluxo de veículos pesados nas rodovias do Nordeste e diminuindo as emissões de CO2, o que posiciona o empreendimento num patamar de sustentabilidade socioambiental”, explicam Eugério Queiroz e Renato Maia.
Em sua segunda etapa, o projeto do Terminal Logístico de Iguatu prevê sua expansão, o que permitirá a movimentação de granéis líquidos, minérios, fertilizantes e contêineres, ampliando a capacidade logística e fortalecendo a posição de Iguatu como hub estratégico no Nordeste.
Todos os equipamentos do terminal já foram adquiridos e estão sendo montados. Ha um gargalo ainda não superado:
“A preocupação do momento recai sobre a Enel Distribuição Ceará, que ainda não instalou a rede básica para o fornecimento de energia ao terminal. Por esta razão, que consideramos grave, estamos utilizando geradores movidos a óleo diesel, com um custo mensal significativo por não termos a energia elétrica na nossa obra!”, lamentam as duas fontes.
De acordo com elas, o Terminal Logístico de Iguatu “inaugurará, por certo, um novo marco no desenvolvimento da região Centro-Sul do Ceará, beneficiando mais de 30 municípios, reduzindo custos e impulsionando o desenvolvimento regional, agregando inovação, tecnologia e sustentabilidade”.
Ontem, no fim da tarde, Eugério Queiroz transmitiu à coluna a seguinte mensagem:
“Acabei de ser advertido pela diretoria da Transnordestina de que a previsão contratual de transportar 10 mil toneladas/mês é exclusivamente para a fase de teste. A partir de junho de 2026, há uma obrigatoriedade contratual de dobrar o transporte para 20 mil ton/eladas mensais, com possibilidade de chegar até 50 mil toneladas durante os períodos de safras.
