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AGRO

Faec e Associação Cearense de Supermercados discutem comercialização de produtos produzidos no CE

Atualmente, apenas metade dos produtos hortifrutigranjeiros vendidos nos supermercados do estado são oriundos de produtores locais.

Uma nova articulação entre o setor produtivo e o varejo pode mudar o cenário da agricultura no Ceará. Representantes da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC) e da Associação Cearense de Supermercados (ACESU) se reuniram recentemente para discutir estratégias que incentivem a presença de mais frutas, legumes e verduras (FLV) de produção local nas gôndolas dos supermercados cearenses.

Atualmente, apenas metade dos produtos hortifrutigranjeiros vendidos nos supermercados do estado são oriundos de produtores locais. A outra metade vem de fora do Ceará, mesmo com o potencial produtivo existente por aqui. O setor varejista cearense movimenta cerca de R$ 7 bilhões por ano, mas segundo a FAEC, existe uma oportunidade clara para que uma fatia maior desse valor fique na economia do estado.

O presidente da FAEC, Amílcar Silveira, destacou que fortalecer a cadeia local é uma forma de garantir ganhos para todos os envolvidos. “Na nossa avaliação, a gente deixa de vender para o supermercado do Ceará para fazer uma economia circular de 3 a 4 bilhões de reais todo ano de FLV”, afirmou. “Na possibilidade de uma parceria, nós podemos produzir essas verduras e frutas aqui, fornecendo para o supermercado, ao preço de mercado, mas que deixe o dinheiro ao cearense, fazer uma economia circular”, completou.

Silveira ainda pontuou que essa iniciativa representa um avanço significativo para a economia agrícola do estado. “Esse é um avanço muito importante de parcerias que podem ser feitas pelo setor produtivo e serão feitas, se Deus quiser”, declarou.

Do lado dos supermercados, o interesse também é claro. O secretário-executivo da Associação Cearense de Supermercados, Antônio Salles, destacou os impactos positivos da parceria. “O objetivo é desenvolver a agricultura cearense com a produção de frutas, legumes e verduras em nosso estado, de produtos que são consumidos internamente mas que vêm de outros estados”, explicou.

Para ele, o fortalecimento da cadeia produtiva local gera benefícios que vão além dos agricultores. “Fazendo a economia local circular entre os agricultores, o varejo alimentar local e consumidores”, disse. “Desta forma, beneficiando toda a cadeia produtiva e de consumo no estado, fazendo a riqueza ficar e circular internamente no Ceará, desenvolvendo toda a sociedade cearense”, concluiu.

A proposta, ainda em fase inicial, promete gerar empregos, incentivar a produção sustentável e reduzir a dependência de outros estados para o abastecimento dos supermercados. A expectativa é que, com o apoio das instituições e da população, a iniciativa se consolide e transforme a agricultura do Ceará em um dos motores da economia local.

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