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AGRO

Diocese de Limoeiro do Norte lança nota contra a pulverização aérea de agrotóxicos

Pulverização realizada por drone

A nota pede ao governador que reconsidere o apoio ao projeto, priorizando o bem-estar das comunidades afetadas.

A Diocese de Limoeiro do Norte divulgou uma nota em suas redes sociais manifestando oposição à pulverização aérea de agrotóxicos no Ceará. O município é terra do agricultor Zé Maria do Tomé, que inspirou a lei de 2019 que proíbe esse tipo de prática no estado.

Na nota, a Diocese manifestou preocupação com a tramitação acelerada do projeto de lei que legaliza a pulverização aérea de agrotóxicos no Ceará por meio de drones. Os defensores da liberação argumentam que o uso da tecnologia traz precisão à aplicação das substâncias, minimizando riscos à saúde e ao meio ambiente. A nota destaca os riscos à saúde pública e ao meio ambiente, mencionando o aumento de casos de câncer, abortos e malformações fetais associados à prática, além de impactos no ecossistema.

Ela alerta que a flexibilização dessa prática fragiliza a política ambiental estadual e ressalta a necessidade de ouvir as comunidades afetadas e priorizar o bem-estar das pessoas sobre interesses econômicos. O documento cita estudos realizados na região da Chapada do Apodi, que comprovam os danos dos agrotóxicos.

Confira a nota:

No último dia 10, a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) aprovou a permissão para drones realizarem pulverização de agrotóxicos. Recentemente, o governador do estado havia sinalizado apoio ao tema em reunião com empresários do setor agropecuário, prometendo sua aprovação até o final do ano. O projeto é de autoria do deputado estadual Felipe Mota (União Brasil), que integra a oposição ao governador.

Lei Zé Maria Tomé

A lei recebe o nome do camponês e ambientalista de Limoeiro do Norte, que se dedicou a denunciar os abusos do agronegócio, responsável pela contaminação de terras, plantas, águas, ar, animais e também das pessoas que viviam naquela região em contato direto com esses venenos pulverizados nas plantações.

Zé Maria do Tomé foi assassinado em virtude de suas lutas para implementação de uma Lei Municipal que também proibia a pulverização aérea de agrotóxicos dentro do município.

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