Os integrantes da Missão Faec/Senar-CE/Abid posa na sede da maior cooperativa do mundo especializada em tomates em Almeria
Em Almeria, a pluviometria é de apenas 240 milímetros/ano. E eles produzem e exportam mais hortifrutis mais do que o Brasil.
Almeria (Espanha) — Está aqui a maior cooperativa do mundo, a Casi, especializada na comercialização de tomates de mesa. Ela tem dois mil sócios e um faturamento anual de 340 milhões de euros, equivalente a R$ 2,148 bilhões. Mas esta não é a informação mais importante. O que surpreendeu os 35 integrantes da Missão Técnica e Empresarial da Faec/Senar-CE/Abid, que ontem a visitaram, foi a de que a Casi recebe, comercializa e exporta, diariamente, para toda a Europa 40 variedades de tomate, produzidas por pequenos agricultores cuja área de produção não passa de cinco hectares. Almeria, centro mundial do cultivo protegido, é, também, a capital do minifúndio.
O gigantesco edifício horizontal que sedia a Casi revela o seu poder, a sua importância e o seu gigantismo: nele, há 30 docas nas quais atracam os caminhões que transportam a produção colhida em parte do mar de estufas que pintam de branco a geografia de Almeria. A tarefa da cooperativa é tão sofisticada e minuciosa, que, para a Polônia, ela exporta, por exigência do consumidor polaco, o tomate róseo. A propósito: os agrônomos insistem em dizer que o tomate não é uma hortaliça, mas uma fruta.
Antes de chegar à Casi, no final da tarde, a Missão da Faec/Senar-CE/Abid passou a manhã de ontem visitando o Instituto de Formación y Investigación Agrária (Ifapa), cujos diretores transmitiram aos visitantes mais informações sobre as tecnologias usadas no desenvolvimento de suas principais culturas, que são as de tomate (9 mil hectares), pimentão (outros 9 mil) e abobrinha (7 mil hectares), as quais respondem por 75% de toda a área de 33 mil hectares administrados pelo instituto.
Em seguida, o grupo, acompanhado pelos diretores do Ifapa, visitou a área de 4 hectares de estufas da família Baeza e pode observar a colheita da produção de abobrinha. Nessa área, os Baeza colhem, em duas safras anuais, 20 quilos de abobrinha por metro quadrado. Cada quilo é vendido por 50 centavos de euro. A renda bruta por hectare é de 100 mil euros. Descontadas as despesas, o lucro é de 40 mil euros por hectare, o equivalente a R$ 249,6 mil.
Depois de conhecer as estufas da família produtora de abobrinha, os integrantes da missão deslocaram-se para outro departamento do mesmo Ifapa, especializado no tratamento e no manejo da água. As pesquisas também envolvem estudos sobre a melhor utilização da urina de porcos, que é usada na produção de adubos. As pesquisas são desenvolvidas por encomenda, sob contrato, de diferentes empresas do agro espanhol. A relativa à urina de suínos vem sendo feita há dois anos.
O que se passa na Andaluzia, principalmente em Almeria, é exemplo de superação de dificuldades. Aqui, a pluviometria é de 240 milímetros, “e o que eles fizeram e seguem fazendo com tão pouca água é admirável, mas isto tem sido possível graças, primeiro, à determinação do povo e do governo da Espanha, que se juntaram num esforço extraordinário para fazer desta região, que era, há 20 anos, a mais pobre do país, uma área de progresso econômico e social”, como disse à coluna Guilherme Saldanha, secretário de Agricultura do Rio Grande do Norte, que considerou esta missão “um evento de alta importância para a agricultura irrigada do Nordeste brasileiro”.
O secretário Guilherme Saldanha vai além: na sua opinião, o agro brasileiro, principalmente a sua fruticultura, só muito recentemente alcançou a marca de US$ 1,2 bilhão em exportação. “É muito pouco, é quase ridículo, levando em consideração que o Chile exporta quase de US$ 5 bilhões em frutas e o Peru, mais de US$ 3 bilhões”. E o que falta? — quis saber a coluna. Saldanha respondeu de bate-pronto:
“Falta aproveitar melhor a nossa boa pluviometria e a água de nossas grandes barragens, como as do Castanhão, no Ceará, e do Armando Ribeiro Gonçalves, no Rio Grande do Norte, por exemplo. Falta, também, maior disponibilidade do Banco do Nordeste de financiar quem investe na agricultura nordestina. Para aprovar um empréstimo para o agricultor nordestino, o BNB faz exigências que levam o interessado a desistir do empreendimento. Nossa esperança é de que tudo isto seja superado em curto espaço de tempo.”
VALE DO S. FRANCISCO REAGE BEM AO TARIFAÇO
Zuza de Oliveira, um dos mais requisitados consultores cearenses em agropecuária, manda mensagem a esta coluna para dizer o seguinte:
“O capitalismo é sublime, pois encontra saídas para as crises. Neste ano, após o tarifaço imposto pelos EUA aos produtos brasileiros exportados para o mercado norte-americano, os fruticultores do Vale do São Francisco encontraram uma nova dinâmica comercial para a sua atividade, razão pela qual já ganharam mais dinheiro neste 2025 do que em 2024.”
“O Vale do São Francisco cultiva hoje 14 mil hectares de uva e 35 mil hectares de manga. Um hectare de manga, em plena produção em Petrolina (PE), rende R$ 200 mil. A uva sem semente, em plena produção rende R$ 300 mil reais”, revela Zuza.
DIAS DE SOUSA INAUGURA STAND NO IGUATEMI
Novidade! A Dias de Sousa Construções abriu um stand de vendas no Shopping Iguatemi Bosque, no piso L3, ao lado do restaurante Santa Grelha e em frente à Camicado. O espaço, que ficará disponível até o dia 3 de novembro, apresenta maquetes de dois dos empreendimentos da construtora: o Tribeca, pronto para morar na Aldeota, com últimas unidades disponíveis de 95m² e 119m²; e o Beach Ville, localizado a apenas 5 minutos do Beach Park, com unidades de 75m² e 150m², mais de 80% vendido e entrega prevista para o início de 2028.
Além das maquetes, os visitantes também podem conhecer detalhes de outros projetos da Dias de Sousa, como o Platinum Condominium, empreendimento de altíssimo padrão no bairro Guararapes, que já está com obras iniciadas e oferece apartamentos de 235m² e 277m²; e o WSTC, empreendimento comercial único na região sul de Fortaleza.
Um time de consultores da construtora está à disposição para apresentar todos os diferenciais e condições de cada empreendimento. O atendimento acontece de segunda-feira a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos e feriados, das 12h às 21h.
“O Iguatemi Bosque é um espaço de grande fluxo e um ponto de encontro de famílias. Estar aqui nos aproxima ainda mais do nosso público e permite que mais pessoas conheçam de perto a qualidade e a exclusividade dos nossos empreendimentos”, como afirma Patriolino Dias, diretor executivo da Dias de Sousa.
MISSÃO INTERNACIONAL DA CIMENTO AAPODI
Empresa nascida da união da família cearense Dias Branco com a gigante grega Titan, a Companhia de Cimento Apodi anuncia a Missão Internacional Apodi Expert+ EUA – Miami 2025, uma iniciativa inédita no setor de cimentos e construção civil.
Entre os dias 28 de novembro e 9 de dezembro, um grupo exclusivo de clientes participará de uma imersão em inovação, sustentabilidade e experiências técnicas nos Estados Unidos.
Mais do que uma viagem, a missão será uma vivência internacional diferenciada, que reforçará a atuação da Apodi como parceira que vai além do produto, investindo no desenvolvimento e na atualização de seus clientes. O programa inclui visita à Titan America e programação técnica em Miami.
A experiência será complementada por um workshop internacional a bordo de um cruzeiro, promovendo troca de conhecimento, networking e geração de novas oportunidades de negócios.