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A microfiltração da água de coco um marco para o agronegócio brasileiro

A microfiltração da água de coco.
Desenvolvida pela Embrapa em parceria com a Sococo é a tecnologia que preserva o sabor original do coco e aumenta a durabilidade da bebida e traz uma inovação que está transformando a indústria de bebidas naturais

microfiltração da água de coco é um marco para o agronegócio brasileiro. Afinal, ela une ciência, sustentabilidade e oportunidades reais para o produtor rural.

Como funciona a microfiltração da água de coco

A água de coco é naturalmente equilibrada. Ela contém sais minerais e um pH semelhante ao do corpo humano, o que a torna um alimento sensível.
Por isso, ela exige processos de conservação cuidadosos.

Antes da inovação, as indústrias utilizavam pasteurização ou o método UHT (ultra-alta temperatura) para eliminar micro-organismos.
Entretanto, o calor alterava o sabor e o aroma do produto.

Com a microfiltração da água de coco, tudo muda.
O processo é feito a frio, utilizando membranas que filtram impurezas sem afetar as propriedades naturais.
Como resultado, a bebida mantém sua pureza, transparência e sabor autêntico por até 60 dias.

“Quando eu aqueço qualquer produto, o sabor muda. A microfiltração mantém o gosto do coco natural”, explica o pesquisador Fernando Abreu, da Embrapa Agroindústria Tropical.

A união entre ciência e empreendedorismo

A tecnologia nasceu na Embrapa, com apoio da FINEPBanco do Nordeste e Sebrae.
O projeto foi inicialmente aplicado à cajuína microfiltrada, até chegar à cadeia do coco.

Com a parceria da Sococo, liderada pela empresária Rita, a ideia saiu do papel.
Ela criou uma fábrica modelo, que hoje produz água de coco microfiltrada em larga escala.

“Esse era o sonho de qualquer produtor: envasar a própria água de coco com o mesmo sabor do fruto”, destaca Rita.

Assim, a microfiltração da água de coco se consolidou como uma conquista da ciência brasileira e um símbolo de inovação para o agro.

Sustentabilidade e economia circular

Além da qualidade, a tecnologia promove um impacto ambiental positivo.
Cada coco pesa cerca de 2,5 kg, mas apenas 400 ml são aproveitados como bebida.
O restante, muitas vezes descartado, agora retorna ao solo como adubo natural.

Esse reaproveitamento fecha o ciclo produtivo e fortalece a economia circular.
Com isso, o produtor reduz custos, aumenta a produtividade e contribui para a sustentabilidade da cocoicultura.

“Transformar o resíduo em fertilizante é o verdadeiro ganho. O ciclo se completa dentro da fazenda”, afirma Fernando Abreu.

Portanto, o processo é eficiente, lucrativo e sustentável, beneficiando toda a cadeia produtiva.

Do Ceará para o mundo

microfiltração da água de coco também abre portas para novos mercados.
A bebida microfiltrada apresenta aparência cristalina e sabor natural, características valorizadas internacionalmente.

Além disso, o método permite que o produtor agregue valor ao produto e conquiste autonomia.
Ele passa a comercializar um item de alto padrão, sem depender apenas da venda do fruto in natura.

“Nosso sonho é ver a água de coco brasileira nas gôndolas do mundo, com o mesmo sabor que sai da fazenda”, afirma Rita, da Sococo.

Essa inovação, nascida no Ceará, mostra como o agro nordestino está pronto para competir globalmente com tecnologia e propósito.

O futuro da inovação no campo

O produtor rural precisa enxergar a tecnologia como aliada.
Afinal, inovação e sustentabilidade caminham juntas.

“A microfiltração é um divisor de águas. Ela transforma o coco em produto premium, com mais valor e mais oportunidade”, diz Jakeline.

O futuro da cocoicultura é tecnológico, sustentável e cada vez mais brasileiro.

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