O deputado De Assis Diniz (PT) destacou, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), desta quarta-feira (19/11), o combate à corrupção no Brasil, ressaltando o arquivamento da PEC da Blindagem, a deflagração da Operação Carbono Oculto, bem como ressaltou a prisão do Banco Master e a aprovação do Projeto de Lei Antifacção.
Em sua fala, o deputado discorreu sobre a prisão, nessa terça-feira (18/11), de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, alvo de uma operação da Polícia Federal que mira a venda de títulos de crédito falsos. A instituição bancária, segundo a investigação, emitia CDBs com a promessa de pagar ao cliente até 40% acima da taxa básica do mercado, porém esse retorno era irreal, como demonstrou análise do Banco Central, que deu suporte à investigação.
De Assis Diniz criticou ainda o PL 5.582/2025 (PL Antifacção), aprovado ontem, na Câmara dos Deputados, por ter sua proposta original alterada por substitutivos apresentados pelo deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP), relator da proposta.
Para De Assis Diniz, a principal relação entre os quatro fatos é a necessidade do Centrão se proteger. “Tudo começa com a PEC da Blindagem, para que pudessem cometer todo o tipo de crime sem serem investigados. Arthur Lira, Hugo Mota e Ciro Nogueira patrocinaram isso, mas foram derrotados por uma reação popular”, ressaltou o parlamentar.
O deputado voltou a citar o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI) ao associá-los como “patrocinadores” da blindagem de Daniel Vorcaro. “Ciro Nogueira, há dois anos, tentou alterar as regras do fundo garantidor de crédito, aumentando o seu valor de R$ 40 bilhões para R$ 120 bilhões, tirando a sua função pública para a iniciativa privada. Ontem (com a prisão de Daniel), nós entendemos”, denunciou.
