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AGRO

Ceará: produção agrícola avança mas extrativismo registra queda

O papel vital dos polinizadores na agricultura cearense ficou ainda mais evidente nas últimas décadas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nessa quinta-feira (17/07), que revela avanços significativos na dependência desses agentes naturais, como abelhas, aves e insetos, especialmente nas lavouras permanentes e temporárias, embora o extrativismo vegetal tenha seguido na contramão, com forte retração na contribuição média dos polinizadores ao longo do tempo. No entanto, a situação do extrativismo vegetal caiu drasticamente para 2,63%.

Nas lavouras permanentes, aquelas formadas por culturas que produzem por vários anos, o Ceará apresentou um crescimento expressivo na dependência dos polinizadores: o indicador médio saltou para 58,37%, sinalizando maior relevância ecológica desses agentes para a produtividade agrícola do estado. Já nas lavouras temporárias, como milho e feijão, o índice subiu para 16,27%.

Cinco municípios cearenses, Potiretama, Palhano, Miraíma, Itapiúna e Chaval, atingiram 100% de contribuição dos polinizadores nas lavouras permanentes. Esse número mostra uma evolução considerável desde 1996, quando apenas Potiretama e Palhano alcançavam essa marca. Em contraste, municípios como Aiuaba (0,66%), Capistrano (2,49%), Itapajé (3,63%), Uruburetama (4,63%) e Itatira (4,73%) registraram os menores índices no segmento.

Para as lavouras temporárias, o destaque ficou com Aracati (70,31%), Fortim (68,88%) e São Luís do Curu (66,80%), que apresentaram os maiores percentuais de contribuição dos polinizadores. Ainda assim, nenhum município atingiu o patamar máximo de 100%. Por outro lado, Pindoretama (0,36%), Acarape (0,73%) e Frecheirinha (1,13%) figuraram entre os municípios com os menores índices. Em 1996, os mesmos três municípios apresentavam níveis semelhantes, enquanto 148 localidades cearenses registravam percentuais inferiores a 5%, cenário que ainda persiste em boa parte do estado.

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