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AGRO

Ceará estuda implementar política de créditos de carbono para produtores familiares

Secretário estadual do Desenvolvimento Agrário, Moisés Braz.

Segundo o secretário do Desenvolvimento Agrário, Moisés Braz, a ação, apesar de “muito bem elaborada, ainda não está totalmente consolidada”. A previsão é que a política esteja concluída em dois a três anos

O Governo do Ceará vem trabalhando como implementar um programa em que produtores familiares do campo tenham acesso a créditos de carbono. Como explicou o secretário estadual do Desenvolvimento Agrário do Ceará, Moisés Braz (PT), a política vem sendo estudada. Apesar de “muito bem elaborada”, ainda não está totalmente consolidada.

Conforme ele, a previsão é de que, em dois a três anos, as primeiras famílias já possam estar ganhando seus ressarcimentos por meio dos créditos de carbono. “Acho que vamos avançar muito. Esse é o sentimento que tenho pelos debates que temos feito no conjunto do estado do Ceará”, disse.

O titular da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) deu um exemplo de como pode funcionar a iniciativa. “[No programa] Sertão Vivo, enquanto em alguns municípios já têm fonte d’água, para que se tenha uma cisterna de produção, um barreiramento, em outros estamos trabalhando com a comunidade, que o caminho mais correto é plantar árvore, para que isso possa gerar resultado e a gente tenha os créditos de carbono.” Ele ressaltou a necessidade, no entanto, de que esses recursos fiquem com os próprios produtores.

“Porque, senão, vamos continuar cuidando dessa questão ambiental, vamos gerar os créditos de carbono e quem vai ganhar com isso não serão as próprias famílias”, alertou.

O secretário destacou que o “grande risco” para o programa é a existência de “atravessadores de carbono”, termo que se refere a pessoas que exploram proprietários de terra na compra — por preços baixos — e revenda — por valores mais altos — de créditos de carbono.

Como explicou Moisés, com as políticas ambientais realizadas no meio rural, alguém vai receber os créditos de carbono. “O que queremos é que esse alguém seja, de fato, quem está na zona rural, preservando e tendo os créditos para que possam ter retorno financeiro”, disse, afirmando ainda que o governador Elmano de Freitas (PT) tem potencializado o debate sobre o tema.

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